quinta-feira, 26 de maio de 2011
Ato público do sinte (Natal)
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terça-feira, 24 de maio de 2011
Paulo Freire defende professores
À LUIZA ERUNDINA
Defendendo o salário dos professores
Prezada Erundina:
Se há algo que não precisamos fazer, você e eu, é tentar convencer, você a mim, eu a você, de que é urgente, entre em seus números de mudanças neste país, mudar a escola pública, melhorá-la, democratizá-la, superar seu autoritarismo, vencer seu elitismo. Este é no fundo, seu sonho, meu sonho, nosso sonho. A materialização dele envolve, de um lado o resgate de uma dívida histórica com o magistério, de que salários menos imorais são uma dimensão fundamental, de outro, a melhoria de condições de trabalho, indispensáveis à materialização do próprio sonho. Sutre estas condições, a possibilidade de trabalho coletivo para a efetivação da reorientação curricular e a formação permanente dos educadores e das educadoras, o que não se pode realizar a não ser mudando-se também o que se entende hoje por jornada de trabalho nas escolas.
Se há muito estou certo e absolutamente convencido hoje de que, só na medida em que experimentarmos profundamente a tensão entre a "insanidade" e a sanidade, em nossa prática política, de que resulta nos tornarmos autenticamente sãos é que nos faremos capazes de separar dificuldades só aparentemente intensas possíveis que nos apresentam na busca da concretização de nossos sonhos.
Na verdade, querida Erundina, é isso o que você vem sendo e é isso o que você vem fazendo ao longo de sua vida de militante, amorosa da verdade, defensora dos ofendidos, entregue sempre à boniteza doida de servir.
O texto que se segue, de produção coletiva, amorosamente militante também, é uma espécie de grito manso, de apelo, em busca da concretização de nossos sonhos.
Do amigo
Paulo Freire
São Paulo, julho de 1990
Fonte: http://www.antroposmoderno.com/textos/freire.shtml